segunda-feira, 1 de julho de 2013

Brasil Campeão!

Então, o Brasil surpreendeu a todos e ganhou da temida Espenha por 3X0. Resultado sem dúvida inesperado. 

Não vou fazer aqui análises técnicas ou táticas do jogo ou do comportamento dos times. Deixo isso para os inúmeros comentaristas de jornal, rádio e TV.

Depois de tal resultado, me permiti fazer algumas observações:

1 - O time da Espenha é muito bom, formado com base no Barcelona e Real Madri, seus 2 melhores times. Seus jogadores são realmente muito bons e seu comando técnico extremamente competente. OK. Desde 2008 eles ganham tudo o que disputam. Maravilha. Só que tem um aspecto aí. E isso é uma opinião minha, de não-especialista no assunto, apenas de um cara que gosta de futebol. Embora bem treinado, com bons jogadores e ótimo entrosamento, sempre achei muito chato e burocrático seu jogo. Para mim, a Espanha é o Georges St-Pierre do futebol. Vai cadenciando o jogo, tocando a bola para lá e para cá até que consegue o gol. Acontece que, a Espanha tem muita posse de bola, mas arremata pouco (proporcionalmente à essa posse de bola) ao gol. O jogo contra o Taiti não conta. Era um time semi-amador. Mas, mesmo assim, o futebol da Espanha vinha conquistanto todos os títulos que passavam pela sua frente, inclusive Copa do Mundo e Eurocopa;

2 - Parece que a fórmula se esgotou. Quinta-feira, contra a Itália, ficou claro que a coisa não estava 100% com a "Fúria". Vamos deixar para lá que Xabi Alonso e Fabregas não jogaram. Desfalques são comuns no futebol. O Brasil jogou sem Pelé em 62 e foi campeão mesmo assim. Sem desmerecer a Itália, mas ela não era considerada por ninguém como tendo condições de suplantar a Espanha. Mesmo assim complicou muito a vida dos espanhóis e mostrou o caminho das pedras para outros times. Não ganhou, é bem verdade, mas perdeu nos pênaltis. Ali, qualquer uma das seleções poderia ter sido a vencedora;

3 - A Espanha está sendo vítima de seu próprio sucesso. Arrogante e com excesso de confiança, achando que ganharia de qualquer um ao natural. Como bem escreveu o cronista esportivo Augusto Mafuz, aqui de Curitiba, antes do jogo: "Só se eterniza no futebol a seleção que derrota os brasileiros". Perderam;

4 - O Brasil, que chegou desacreditado - e com razão - não só ganhou da Espanha, como o fez com sobras. Acredito que nem o torcedor mais otimista esperaria um jogo tão fácil como esse. A Espanha deu apenas uns dois arremates a gol e ainda perdeu um pênalti. Os nomes dos craques Xavi e Iniesta praticamente não foram citados na transmissão;

5 - Como o brasileiro não se cansa de seu bom e velho complexo de vira-lata (já escrevi sobre isso aqui), antes mesmo da bola rolar já existiam "desculpas" para o sucesso da seleção brasileira. Li e ouvi várias delas. As mais comuns foram: "Já está tudo armado para o Brasil ser campeão, assim o pessoal fica feliz e acabam os protestos". Como os protestos logo após o jogo demonstraram, se foi o caso de armação, não deu certo. E outra: "Se o Brasil ganhar será porque a Espanha estará cansada depois do jogo de 120 min. contra a Itália". Pode até ser, mas e daí? Quem vai lembrar disso depois?

Sem ufanismo ou patriotada, mas o que fica para a história é o resultado humilhante para a Espanha e mais um título para a seleção brasileira que, mesmo mal treinada, com pouco entrosamento e sem padrão de jogo, ainda consegue surpreender e, ás vezes, encantar. 

O que isso significa em relação a Copa do ano que vem? Não muito, a não ser que é perceptível uma evolução que deve continuar e que, com sequência de jogos e entrosamento, contando com jogadores voluntariosos, um craque e um goleador pode dar resultado.

Daqui a um ano teremos a resposta.
 

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