segunda-feira, 11 de março de 2013

Redes Sociais e a Imbecilização Coletiva

Estava outro dia em um restaurente e um fato me chamou a atenção. Na verdade já havia observado isso inúmeras vezes, mas só agora resolvi escrever a respeito. A cena é a seguinte: uma mesa onde uma ou mais pessoas estão mais interessadas no que ocorre em seus smartphones do que com quem está com elas ali, fisicamente. 

Pode perceber que tal cena é bastante frequente. Alguém que está com você ali, na mesma mesa (pode ser em qualquer outro local), mas que na realidade não está ali. Está apenas de corpo presente. Fica checando suas mensagens e interagindo com uma ou várias outras pessoas através das redes sociais, enquanto te deixa ali tal qual um palhaço. Quantas vezes você já não viu isso acontecer? Não seia mais fácil, ou mais lógico, a pessoa estar fisicamente com quem tanto conversa? 

Resposta: Não!

Digamos que a Maria aceitou seu convite e saiu com você. Acontece que durante seu programa, Maria não desgruda do maldito telefone, interrompendo constantemente a conversa para "conversar" virtualmente com alguém através de alguma rede social, provavelmente Facebook. Vamos imaginar que Maria te deixa de lado para interagir com Carla. Se elas tinham tanta coisa para conversar, por que então não se encontram pessoalmente para isso? Porque aí não teria graça, certo? Caso Maria estivesse pessoalmente com Carla, provavelmente ela deixaria Carla de lado para conversar com outra pessoa através do Facebook.

A que ponto chegamos.

Por falar em Facebook, tem mais alguém aí que acha que o (praticamente) extinto Orkut era mais interessante, ou menos chato? Sei que são propostas distintas, mas o Facebook é muito monótono. Apesar disso, tem gente que não vive sem. Aliás, tem um monte de gente que acredito não consiga viver senão através disso. 

É impressionante como as pessoas se expõe numa coisa dessas. Falam de tudo. Contam tudo e não tem medo de expor suas opiniões e emoções.

O mais legal é quando alguém que está muito chateado, resolve mandar uma indireta pelo Facebook. É uma piada. Um monte de gente se sente atingida pela indireta e os comentários se multiplicam. Uma beleza. 

Outro dia estava lendo alguma coisa na internet (nem lembro mais do que se tratava), quando lá pelas tantas um cara fala algo assim: "imagine que você tenha apenas 1.000 amigos no Facebook...". Apenas mil amigos?! Sério, quem é que tem mil amigos? Quem conhece pessoalmente mil pessoas. Não digo se você já conheceu mil pessoas, mas se conhece e mantém qualquer espécie de relação ou vínculo com mil pessoas? Duvido. Que dirá uma relação de amizade com mil pessoas. É uma estupidez sem tamanho.

E quantas pessoas que você nem conhece e acaba adicionando apenas para fazer número? Para que isso? Você vai me perguntar se nunca fiz isso, certo? Claro que já. Mas qual o sentido prático disso?

Voltando um pouco, por que afinal de contas essas redes sociais, onde todos tem um monte de "amigos" que nem conhecem e não interagem (nem irão), tem tanta importância ou exerce tanto fascínio sobre as pessoas?

Acho que é porque ali as pessoas podem dar uma disfarçada em quem realmente são. Pessoalmente não teria como. Já percebeu como quase todo mundo no universo Facebook é rico, feliz, bonito, inteligente, sensível, sempre viajando ou fazendo alguma coisa interessante? Será mesmo?

Outro dia, um amigo da minha cunhada ficou alardeando que havia comprado uma moto que adorava etc. e colocou em seu perfil uma foto do modelo. Me mostraram a foto e achei um tanto quanto estranha. Após uma rápida pesquisada pelo google imagens, identifiquei a tal foto como sendo do anúncio publicitário da tal moto que o bonitão havia cortado o logo e texto do anúncio e publicado apenas a imagem. Muito bom hein?

Esse é apenas um pequeno exemplo de algo que deve se repetir inúmeras vezes por dia. E o que dizer da montanha de bobagens que algumas pessoas publicam e dos infinitos erros de português que vemos o tempo todo?

Alguém aí concorda comigo?

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