terça-feira, 12 de março de 2013

Discoteca Básica de Rock Volume X

Hoje 5 dos mais manjados clássicos do rock.

São eles:


The Rolling Stones - Let it Bleed (1969) 

Para mim, Let it Bleed, ao lado de Sticky Fingers (que já mencionei aqui) é o melhor disco dos Stones. Esse também pode ser considerado como o 1º disco deles sem o guitarrista Brian Jones, que havia morrido alguns meses antes de sua realização e que aparece em apenas 2 faixas. Jones foi substituído por Mick Taylor (que curiosamente toca em apenas 2 músicas também), e que ficaria nos Stones até o disco Black and Blue, de 76. É fato que os Stones nunca tiveram a consistência musical de seus maiores rivais - os Beatles - mas mesmo assim, Let it Bleed tem algumas de suas melhores composições e que são tocadas por eles até hoje. Além de excelentes composições próprias, o disco ainda abre espaço para Love in Vain, um cover do famoso Bluesman Robert Johnson.



Abbey Road -  The Beatles (1969)

O último disco gravado, mas o penúltimo lançado (o último lançado foi Let it Be, gravado anteriormente) pelos Beatles foi o canto do cisne para o quarteto de Liverpool. É certamente um dos melhores deles e também de todos os tempos. Diz a lenda que em Let it Be, o clima entre os integrantes da banda era insuportável, sendo amenizado apenas com a chegada do tecladista Billy Preston (considerado o 5º Beatle, e que todos adoravam). Quando o produtor George Martin disse para gravarem Abbey Road, que seria sua última vez juntos em estúdio, a coisa mudou totalmente e o clima era dos melhores e mais descontraídos. Tanto é que Abbey Road é infinitamente superior à Let it Be. Esse disco tem também uma característica bastante interessante. Ele é nitidamente dividido em 2 partes distintas. Dá para considerar a 1ª parte, ou o lado A do vinil, como sendo um disco "normal" e a 2ª parte, ou o lado B, como sendo mais experimental e conceitual, tanto é que não há praticamente musicas completas aqui, apenas fragmentos que são emendados uns aos outros. Embora possa parecer um tanto quanto estranho, o resultado final é fantástico e alguns dos melhores momentos do disco estão aqui.



Led Zeppelin (IV) - Led Zeppelin (1971) 

Com certeza o disco mais conhecido e reverenciado da banda é também um dos melhores de todos os tempos. O 4º trabalho do Led Zeppelin não chegou a ser nomeado pela banda, ficando então conhecido como Led Zeppelin IV, o que seria lógico, pois os anteriores foram o II e o III. Mas isso não importa muito, pois aqui, misturando elementos de hard-rock, blues e folk, os caras fizeram uma obra-prima. O Zeppelin é uma das maiores bandas de todos os tempos e a qualidade de seus integrantes é indiscutível. Prova disso é que nesse disco eles conseguem transitar do rock pesado de Black Dog até o folk de Going to California. Um clássico indispensável.



Queen - A Day at the Races (1975)

Poucas bandas representam tão bem os excessos dos anos 70 como o Queen. Musicalmente, era uma das melhores formações que se tem notícia, sendo que todos os integrantes eram bons. Sem exceção.  Freddie Mercury dispensa apresentações, mas os outros integrantes, como o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, estão entre os melhores do rock em suas respectivas funções. O Queen conseguiu também a façanha de transitar com a maior desenvoltura possível entre o hard-rock, o progressivo e o glam-rock. Outro fato digno de nota é que a formação da banda se manteve a mesma desde o início em 1971 até seu fim, quando morreu Freddie Mercury em 1995.

Os 7 primeiros discos do Queen, lançados entre 73 e 78 são excelentes, mas A Night at the Opera é seu ponto máximo. É um disco muito mais elaborado do que seu anterior, Sheer Heart Attack, que era orientado praticamente para o hard-rock. Aqui, o estilo permanece, mas muito mais floreado e com a introdução de outros vários elementos musicais, chegando ao cúmulo de misturar hard-rock e música clássica (sei que outros já fizeram isso também, mas o Queen foi o 1º). Algumas de suas músicas mais conhecidas são de A Night at the Opera. Se for para ter apenas 1 trabalho do Queen então tem que ser esse aqui.

Pink Floyd - The Wall (1973) 

É incrível que um disco tão ambicioso e com um tema tão anti-público, como o antipático e neurótico rock-star que odeia seus fãs, possa ter feito tanto sucesso e ser até hoje, juntamente com The Dark Side of the Moon, seu trabalho mais lembrado. Daqui saíram alguns dos maiores clássicos da banda e também do rock como um todo. Vendeu mais de 30 milhões de discos em todo o mundo. Em The Wall, o baixista Roger Waters, quase meteu os pés pelas mãos, assumindo o controle praticamente total da produção (das 26 músicas originais do álbum duplo, apenas 4 não foram compostas unicamente por Waters) e transformando seus dramas e fantasmas em uma ópera-rock. The Wall é claramente autobiográfico. The Final Cut, seu disco seguinte foi explicitamente uma homenagem à seu pai, morto na 2ª Guerra quando Waters tinha apenas 5 meses. Mas o que importa na realidade é a magnífica obra que The Wall se tornou.




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