quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Tipinhos Imprestáveis III

Continuo em férias e como já disse em meu post “Réveillon 2013”, as coisas estão um pouco difíceis por aqui em termos de conectividade à internet. O 3G não funciona em hipótese alguma e também não consigo acesso pelas redes sem fio disponíveis gratuitamente. Acabo ficando nas mãos de algumas lan houses exploradoras.

Já escrevi sobre 2 tipos de pessoas altamente detestáveis, a quem chamei de Tipinhos Imprestáveis.

Não escrevo regularmente sobre os “tipinhos”, pois tenho alguns posts fixos e outros assuntos que considero mais relevantes. Acontece que, como esse ano resolvi me punir um pouco e passar a virada de ano na praia, me deparei com a pior espécie de pessoa que pode habitar nosso planeta. Sem exagero.

Na verdade nem sei se deveria considerar essa gente como tipinhos imprestáveis. O tipinho imprestável até pode ter sua graça ou até mesmo algum valor. Esse não. Não presta, não vale nada, não serve para nada. É como um vírus.

Outra dificuldade é a de dar um nome a ele. É inominável. Qualquer adjetivo, por mais pejorativo que seja, é um enorme elogio a essa praga que só se alastra. São os caras (e as meninas também) que só saem de sua toca uma ou duas vezes por ano, no ano novo e ou carnaval, e, é claro que por conta disso, resolvem aproveitar tudo que acham que tem direito em 1 ou 2 dias.

É uma ralé, uns vagabundos, uma gentalha nojenta totalmente desqualificada. Na falta de um nome mais apropriado vou chama-los simplesmente de desgraçados.

Não estou me referindo aqui às pessoas que aproveitam os feriados para viajar e descansar merecidamente com a família depois de um ano de correria. Estou me referindo justamente àqueles que não deixam essas pessoas descansarem. São os desgraçados.

Tenho certeza de que todos vocês já se depararam com essa peste. Funciona assim:

- Os desgraçados chegam sempre em bando. Os que são apenas 2 ou 3, pode apostar que, em pouco tempo, já estarão agrupados com outros de sua laia.

- Como eles não tem dinheiro para gastar, trazem sempre um estoque interminável de bebida alcoólica barata para embalar suas arruaças.

- Além disso, estacionam seus carros com uma sonzeira absurda que certamente consumiu 24 meses de seu salário.

Esse aspecto do som do carro é muito importante para o desgraçado, pois quanto mais alto tocar, mais ele consegue nos impor seu gosto musical escroto que inclui verdadeiras “maravilhas sonoras” como axé, pagode, sertanejo (universitário) e, como não poderia deixar de ser, a famigerada baixaria do funk. Aliás, aqui é bom fazer um aparte esclarecedor que acredito seja necessário: na realidade, essa nojeira que chamam aqui no Brasil de funk, é um lixo da pior qualidade importado dos Estados Unidos e chamado Miami Bass Sound. Como tudo aqui no Brasil, foi batizado de maneira totalmente incorreta.

Aqui começa o inferno. O desgraçado estaciona sua caranga na beira da calçada, abre todas as portas e janela possíveis, liga o som no máximo, saca as cervejas e toca o terror.

Como não tem outro objetivo a não ser perturbar a ordem pública, o desgraçado começa a entornar uma atrás da outra, o que vai lhe dando mais animação e confiança. Não demora muito e já está molestando os transeuntes, principalmente meninas e mulheres.

O próximo passo é avacalhar com quem passa de carro. Fecham a rua e só permitem a passagem após dançarem na frente, se pendurarem ou subirem no capô do mesmo. E assim vai um atrás do outro, uma cerveja atrás da outra.

Aqui no litoral paranaense é sempre assim. Não sei em outras regiões do país, mas acredito que essas cenas se repitam com alguma frequência por aí.

Esse ano a coisa foi assim nos dias 30 e 31 de dezembro. A bandalheira correndo tranquila e solta até as 04:00 da manhã.  A partir daí a coisa acabou como um milagre.

“Será que os marginais se tocaram do papelão que faziam e simplesmente foram embora?” você me pergunta.

Resposta: não. O que ocorreu foi a PM mesmo.

Aqui a atuação da PM em relação aos desgraçados vagabundos foi exemplar, inclusive tocando a cavalaria em cima. Dispersaram as centenas de baderneiros e limparam toda orla. Coisa linda. É muito legal de assistir os babacas que estavam até uns minutos atrás enchendo e intimidando todo mundo que passava, fugirem como ratos quando chegou a PM.

Dia 1° e janeiro a praia já estava bem mais vazia e, como um passe de mágica, toda a zona acima descrita simplesmente não aconteceu.

Daqui para frente, a tendência é que as coisas fiquem mais tranquilas, quando ficam mais as famílias e quem quer um pouco de paz. A festa da galera fica restrita aos bares e baladas locais e tudo fica em seu devido lugar.

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