terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Discoteca Básica de Rock Volume V Parte III



Continuando os posts sobre os festivais mais importantes de Rock, trato aqui de mais 5 discos de bandas que estiveram em Woodstock em 69.

São eles:

Joe Cocker – With a Little Help From My Friends (1969)

A carreira de Joe Cocker só decolou mesmo em Woodstock, com uma apresentação magistral de With a Little Help From My Friends do Sgt. Pepper’s, dos Beatles. Ele conseguiu, com a ajuda do multifacetado produtor/compositor/cantor/instrumentista Leon Russell, emplacar 3 discos excelentes em sequência: este (With a Little Help From My Friends), Joe Cocker! e Mad Dogs and Englishman, mas depois decaiu absurdamente por conta de um sério problema com a bebida.

With a Little Help From My Friends é um dos melhores discos de estreia de todos os tempos, contando com um time de nomes de peso como Jimmy Page (Led Zeppelin), Steve Winwood (Traffic), Chris Stainton (Spooky Tooth) entre outros. A seleção musical também é de arrepiar com composições dos Beatles, Traffic, Bob Dylan além do próprio Joe Cocker. Considero esse um disco praticamente perfeito e indispensável em qualquer discoteca que se preze. 



Ten Years After – A Space in Time (1971) 

Essa é uma grande banda inglesa com base em rock-blues e centrada em seu líder, vocalista e guitarrista Alvin Lee. Fizeram uma apresentação sensacional em Woodstock tocando entre outras, uma versão de 9 minutos de I’m Going Home, do segundo disco chamado Undead.

A Space in Time é o sétimo trabalho dos caras e forma, juntamente com Ssssh, Stonehenge e Cricklewood Green o que de melhor foi produzido por eles. Foi também seu maior sucesso comercial, puxado pela excelente I’d Love to Change the World. Esse disco foi o 1º gravado pela Columbia, o que se traduz em uma produção maior, porém soando mais cristalino e mais leve que os anteriores. 

Conheço o Ten Years After desde minha adolescência, então acredito que seja uma banda razoavelmente bem conhecida aqui no Brasil, por quem se interesse por Rock de qualidade e sem frescuras.



Blood Sweat and Tears – Child is Father to the Man (1968) 

Se você nunca escutou e nem ouviu falar de Blood, Sweat and Tears, já vou avisando de que não se trata de uma típica banda de Rock. Idealizado por Al Kooper, um amante do Jazz, o grupo tinha a ambição de misturar linhas de metais como sax e trompete juntamente com os elementos tradicionais elétricos como guitarra e baixo. A sonoridade original era uma mistura de Rock, Jazz, Soul e R & B.

O nome surgiu devido a um corte na mão, durante uma jam session, em que Kooper ensanguentou todo seu teclado.

Kooper deixou a banda logo após esse primeiro trabalho no começo de 68. Após isso, o grupo se reformulou e adotou, logo no álbum seguinte, uma linha mais suave e melódica e consequentemente de mais fácil audição.

Por isso trato aqui do 1º e mais original disco dos caras, absolutamente indispensável.



Crosby, Stills and Nash – Crosby, Stills and Nash (1969)

Outro caso de supergrupo de Rock. David Crosby vinha do The Byrds, Stephen Stills do Buffalo Springfield e Graham Nash do The Hollies. 

O que dá para afirmar sem medo aqui é que esse é um disco fantástico. Perfeito. Todas as músicas são boas. 

Um aspecto extremamente importante aqui é o fato de que o vocal do grupo é dos melhores de todos os tempos no Rock, só encontrando paralelo, quando cantado em conjunto, com os Beach Boys.

Esse é um disco onde imperam os arranjos acústicos. É muito orientado para o Folk-rock, sendo suas composições sempre extremamente bem trabalhadas. Suas melodias e harmonias são simplesmente atemporais. 

Com certeza absoluta um dos melhores discos de Rock de todos os tempos e um documento definitivo de sua época.

Apenas como curiosidade, foi em Woodstock que os caras tocaram juntos ao vivo pela 1ª vez.



Crosby, Stills, Nash and Young – Déjà Vu (1970)

Aqui você vai querer me perguntar se eu enlouqueci, colocando 2 discos dos mesmos caras na sequência. Calma, a coisa não é bem assim.

Embora a base de Crosby, Stills e Nash seja a mesma, com a entrada de Neil Young (ex-companheiro de Stephen Stills no Buffalo Springfield) a coisa muda de figura.

É a mesma banda, mas ao mesmo tempo não é. Adquire personalidade própria. Tanto é assim que Déjà Vu é considerado o 1º disco de Crosby, Stills, Nash e Young e não o segundo de Crosby, Stills e Nash com participação especial de Neil Young, entendeu?

Tudo que foi dito sobre o disco acima pode ser aplicado a esse também. Praticamente perfeito. 

Obrigatório.

Músicas-chave: Almost Cut My HairHelpless, e Déjà Vu.

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