terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Discoteca Básica de Rock Volume V Parte II



Continuando a série Discoteca Básica com foco nos festivais que aconteceram no final dos anos 60 e começo dos 70, inicio hoje a 1ª de duas partes sobre discos de artistas que se apresentaram em Woodstock, o festival mais famoso de todos os tempos. 

Os 5 primeiros de Woodstock são:

Santana – Santana (1969)

Grande disco de estreia do fantástico guitarrista mexicano Carlos Santana. Santana é um excelente guitarrista, mas isso nem preciso dizer. O mais legal sobre o artista e seus discos é a maneira como ele misturou elementos de ritmos latino e caribenhos com Rock e até um pouco de Jazz. O cara é realmente talentoso. Na verdade Santana é o nome da banda de Carlos Santana. Outra coisa interessante é que ele, embora seja o guitarrista e líder da banda, raramente assume os vocais.

Esse primeiro disco é realmente muito bom, com grandes músicas que se tornariam clássicos. Aqui já é possível perceber o que os caras tinham para oferecer, mesclando muito bem faixas cantadas e instrumentais, terminando na antológica Soul Sacrifice, que foi apresentada ao vivo em Woodstock. 

Músicas-chave: WaitingEvil Ways, e Soul Sacrifice.


Mountain – Climbing (1970)

Podendo ser considerada como sucessora ou herdeira direta do Cream, essa grande banda americana de Hard/Blues-Rock surgiu da união do grande guitarrista Leslie West e do produtor/instreumentista Felix Pappalardi. 

A ideia inicial era lançar um disco solo de West e produzido por Pappalardi chamado Mountain, mas o projeto evoluiu para uma banda que imediatamente foi chamada de Mountain. Seu primeiro disco é esse apresentado aqui: Climbing.

Depois de uma performance de estreia em Filmore West in julho de 69 eles partiram direto para o palco de Woodstock onde fizeram uma apresentação magistral de Theme For an Imaginary Western de Jack Bruce (ex-baixista e compositor do Cream). A música For Yasgur's Farm, logicamente é uma referência à fazenda da familia Yasgur que foi o local em que realmente aconteceu o festival de Woodstock e não propriamente na localidade de Woodstock, pois havia sido impedido pelo poder local.

Disco sensacional com o bom e velho Rock’n Roll sem frescura. Escute bem alto!


Creedence Clearwater Revival – Cosmo’s Factory (1970)

Talvez pouca gente saiba disso, mas o Creedence Clearwater Revival se apresentou em Woodstock de madrugada. Isso mesmo. Os caras contaram depois que estava tudo tão escuro que, quando começaram a tocar, não tinham a menor ideia se havia alguém ali para assistí-los. Só depois dos aplausos para as primeiras músicas é que conseguiram relaxar.

Gosto muito desse disco aqui. Depois de Willie and the Poor Boys, é meu favorito. Tem músicas excelentes e bem mescladas. O disco é rápido pois corre o tempo todo e não cansa em nenhum momento. Ouça e comprove o que digo.



Janis Joplin – I Got Dem Ol’ Kosmic Blues Again Mama! (1969)

Frequentemente considerada como a maior cantora branca dos anos 60 e uma das maiores vozes femininas do Rock de todos os tempos, Janis Joplin é sem dúvida um show a parte. Não gosto muito dessas definições do tipo o maior de todos etc., mas sem dúvida Janis tem pouquíssimas rivais no Rock. Entendo que Grace Slick, do Jefferson Airplane, apesar de um timbre diferente e voz mais cristalina do que Janis, está no mesmo nível dela.

Esse disco em questão é o que contem minhas músicas favoritas dela. Nele, Janis Joplin foi acompanhada pela Kosmic Blues Band, responsável pelos metais marcantes em músicas magníficas como Maybe. 

Músicas-chave: TryMaybe, e Kosmic Blues.


The Who – Tommy (1969)

Tommy é a primeira opera-rock da história. Além do ineditismo, esse disco é simplesmente fantástico. Tem que ser ouvido de cabo a rabo como um todo que é. 

É indispensável e obrigatório para qualquer fã de Rock. 

Para mim o The Who é uma das melhores bandas de todos os tempos e também a que melhor personifica o rock puro, sem frescuras ou firulas.

Com um time de primeira formado por Pete Townshend na guitarra, John Entwistle no baixo, Roger Daltrey nos vocais e o cara que é considerado como o mais maluco de toda a história do Rock, Keith Moon, na bateria, o The Who não decepciona nunca. É porrada na certa.

Em sua aparição em Woodstock, o The Who fez uma apresentação antológica de We're Not Gonna Take It (See Me Feel Me ), uma das músicas de Tommy. Vocês podem conferir o vídeo no link abaixo. 


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